Elias, o Messias e a Rejeição
O Messias esperado
Como Jesus poderia ser o Messias se Elias ainda não viera? Jesus revela então que nenhum evento no programa profético deixara de ter o seu cumprimento. Elias já viera e os fatos demonstravam isso. Elias havia sido um profeta do deserto, João também o foi; Elias pregou em um período de transição, João prega na transição entre as duas Alianças; Elias confrontou reis (1 Rs 17.1,2; 2 Rs 1.1-4), João da mesma forma (Mt 14.1-4). Mais uma vez ficara claro: João era o Elias que havia de vir e Jesus era o Messias.
O Messias Rejeitado

Os eruditos observam que “seis dias” é uma outra forma de dizer: “uma semana depois”. De fato o texto paralelo de Lucas fala de “oito dias”, isto é, uma semana depois (Lc 9.28). O contexto, portanto, põe o evento no contexto da confissão de Pedro (Mt 16.13-20) e no discurso de Jesus sobre a necessidade de se tomar a cruz (Mt 16.24-28). O Messias revelado, portanto, em nada se assemelhava ao herói da crença popular. Pelo contrário, a sua mensagem, assim como a do Batista, não agradaria a muita gente e provocaria rejeição.
Elias, o Messias e a exaltação
Os intérpretes observam que havia uma preocupação dos
discípulos sobre a relação do aparecimento de Elias e a manifestação do
Messias. Esse fato é demonstrado na pergunta que eles fazem logo após descer o
monte da transfiguração (Mt 17.10). Como D. A. Carson observa, o fato é que a
profecia referente a Elias falava de “restaurar todas as coisas” (Mt 17.11) e
os discípulos não entendiam como o Messias tanto esperado pudesse morrer em um
contexto de restauração. Cristo corrige esse equívoco mostrando que a cruz faz
parte do plano divino para restaurar todas as coisas (Mt 17.12; Lc 9.31; F1
2.1-11).9
Exaltação
Muito tempo depois desses acontecimentos da transfiguração,
o apóstolo Pedro ainda lembra dos fatos ocorridos e os cita em relação à
exaltação e glorificação de Jesus e também como prova da veracidade da mensagem
da cruz: “Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor
Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos
testemunhas oculares da sua majestade, pois ele recebeu, da parte de Deus Pai,
honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este
é o meu Filho amado, em quem me comprazo (2 Pe 1.16,17).
Vimos, pois, que os eventos ocorridos durante a
Transfiguração aconteceram para demonstrar que Jesus era de fato o Messias
esperado e que tanto a Lei, tipificada aqui em Moisés, como os Profetas,
representado no texto pela figura de Elias, apontavam para a revelação máxima
de Deus — o Cristo, Jesus. Esses personagens tão importantes no contexto
bíblico não possuem glória própria, mas irradiam a glória proveniente do Filho
de Deus. Ele, sim é o centro das Escrituras, do Universo e de todas as coisas
(Cl 1.18,19; Hb 1.3; F1 2.10,11).
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