A Verdade não É “Aquilo que Faz Sentir Bem"
satisfação, enquanto que o erro nos causa um sentimento
ruim.
Dessa forma, a verdade
é encontrada nos nossos sentimentos subjetivos. Muitos
místicos e adeptos da Nova Era
se baseiam em versões deste ponto de vista entretanto, esta visão é deficiente por várias razões.
Primeiro,
esta visão é autodestrutiva, pois a alegação de que: “O que faz sentir bem
é verdadeiro" somente é verdadeira se ela corresponder
à maneira como as coisas são, de
fato. Assim, ela depende da visão de correspondência da
verdade para fazer sentido a
partir da sua alegação de ser verdadeira tanto no sentido
factual quanto no objetivo.
O subjetivismo, na verdade, alega que a sua visão da verdade
é correta somente se ela
corresponder aos fatos em si, e não simplesmente em função
dos sentimentos.
Segundo,
é evidente que as más notícias (que nos fazem sentir mal) podem ser
verdadeiras. Mas se o que faz sentir bem é sempre
verdadeiro, então isto não seria possível.
Notas baixas no boletim não fazem com que um aluno se sinta
bem, mesmo que sejam
verdadeiras. A verdade é que a verdade normalmente machuca.
Terceiro,
os sentimentos são relativos às pessoas, e, dessa forma, o que parece fazer
em para uma pessoa pode fazer com que outra se sinta mal.
Se isto ocorresse por causa
da verdade, então a verdade seria relativa. Mas a verdade
como um todo não pode ser
relativa, pois a afirmação de que “toda a verdade é
relativa” é, por si só, uma afirmação
absoluta e, portanto, uma verdade absoluta (veja pagina XX,
“Uma Resposta aos
Argumentos a favor da Visão Relativa da Verdade”).
Quarto, mesmo que a verdade nos faça sentir bem, não podemos
aceitar que o que nos
faz sentir bem seja, necessariamente, verdadeiro — isso é
colocar o carro na frente dos
bois. A natureza da verdade não é a mesmo que o resultado da
verdade.
Agora que as visões inadequadas da natureza da verdade já
foram examinadas, restanos
Terceiro, sem a correspondência não poderia haver nem
verdade nem erro. Para sabermos se algo é
Quinto, até mesmo a teoria intencionalista depende da visão
de correspondência da
O que É a Verdade: A Verdade É aquilo que Corresponde ao seu
Objeto
apresentar as visões positivas a seu respeito. A verdade é
descoberta na correspondência.
A verdade é o que corresponde ao seu objeto (referente),
seja este objeto abstrato ou
concreto. Da forma como ela é aplicada ao mundo, a verdade é
a forma como as coisas
são de fato. A verdade é “contar as coisas como elas
realmente são”.
E claro que pode haver verdade a respeito de realidades
abstratas, da mesma forma como
ela pode existir para realidades tangíveis.
Por exemplo,
existem verdades matemáticas, e
existem também verdades sobre as idéias, tal como as idéias
na mente das pessoas. A verdade
é o que representa com precisão este estado das coisas,
quaisquer que elas possam ser.
Em contraste, a inverdade é aquilo que não corresponde ao
seu referente (objeto).
A inverdade não descreve as coisas como elas são, mas como
não são; é uma falsa
representação da forma como as coisas são. As declarações
são falsas se estão erradas,
mesmo que o autor delas tenha tido a intenção de dizer as
coisas corretas.
Argumentos Filosóficos a favor de uma Visão de
Correspondência da Verdade
Existem muitas razões que apóiam a visão de correspondência
da natureza da verdade
—a visão de que a verdade é o que descreve com exatidão o
objeto referido. Várias delas
podem ser citadas aqui:
Primeiro, as visões de não-correspondência da verdade são
autodestrutivas. Como já vimos, repetidas
vezes, todos os pontos de vista que não fazem uso da visão
de correspondência da
verdade implicam uma visão de correspondência dela na
própria tentativa que fazem
para negar o modelo de correspondência. Por exemplo, a
alegação de que “a visão da
não-correspondência é verdadeira” implica que a
não-correspondência corresponde
à realidade; portanto, a visão da não-correspondência não
consegue nem mesmo se
expressar sem fazer uso da visão de correspondência da
verdade.
Segundo, até mesmo as mentiras são impossíveis sem que
tenhamos uma visão de correspondência da
verdade. Se as nossas declarações não precisam corresponder
ao fatos para ser verdadeiras,
qualquer declaração factualmente incorreta pode ser
verdadeira. E, se este for o caso, as
mentiras se tornam impossíveis, porque qualquer declaração é
compatível com qualquer
estado específico das coisas.
verdadeiro, em oposição a algo falso, é preciso que haja uma
diferença real entre as coisas
e as declarações que são feitas sobre elas. Mas esta
diferença real entre o pensamento e os
objetos é precisamente o que implica a visão de
correspondência da verdade.
Quarto, a comunicação factual ficaria inviabilizada sem a
visão de correspondência da verdade.
Acomunicação factual depende de afirmações informativas, mas
estas declarações
informativas precisam ser factualmente verdadeiras (ou seja,
elas precisam corresponder
aos fatos) para poder informar corretamente.
Além disso,
toda comunicação parece
depender, em última análise, de algo que é literalmente ou
factualmente verdadeiro,
pois não podemos saber se algo (como uma metáfora) não é
literalmente verdadeiro
se não tivermos o entendimento do que seja literal. Sendo
assim, concluímos que
toda comunicação depende, em última análise, de uma visão de
correspondência da
verdade.
verdade. A teoria intencionalista alega que algo é
verdadeiro somente se os seus feitos
corresponderem às suas intenções. Conseqüentemente, dentro
do sistema intencionalista,
sem a correspondência entre as intenções e os fatos
realizados, não há verdade.
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