domingo, 7 de abril de 2019

Perigos em Relação ao Culto (Ml 1.6-14)

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Perigos em Relação ao Culto (Ml 1.6-14)



MALAQUIAS INICIA essa mensagem fazendo uma declaração indiscutível: “O filho honra o pai e o servo ao seu Senhor” (1.6). Assim, ele conquista a atenção dos sacerdotes antes de acusá-los.51 A primeira relação envolve afeição e a segunda respeito. Mas os sacerdotes não demonstraram amor nem respeito a Deus.

Desde o início, Deus tratou Israel como um filho amado, tirando-o do Egito, dando-lhe uma herança, proteção, revelação sobrenatural e missão especial. Não obstante Israel ser o filho primogênito de Deus (Êx 4.22), ele tornou-se um filho ingrato (Os 11.1) e rebelde (Is 1.2). Malaquias, também, acusa Israel de uma ingratidão inegável. Como foi que Israel retribuiu ao Senhor Seu amor gracioso? Do amor de Deus, o profeta volta-se para a ingratidão do povo. Deus o tratou como filho, mas Israel não o honrou como pai. Não houve honra nem respeito a Deus. Malaquias ainda fala sobre uma profanação abominável.


O objetivo principal do homem é glorificar a Deus. Por isso, o culto é a essência da vida cristã. Adoração vem antes de missão, pois Deus vem antes do homem. Exatamente o culto foi deturpado e Deus desonrado. Vejamos quais foram os sinais da decadência do culto. O perigo de uma liderança decadente (1.6,7O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? – diz o Senhor dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome? Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e ainda perguntais: Em que te havemos profanado? Nisto, que pensais: A mesa do Senhor é desprezível (1.6,7). Malaquias destaca dois graves perigos. Em primeiro lugar, o perigo de fazer a obra de Deus sem andar com Deus.

Os sacerdotes tinham perdido o relacionamento pessoal com Deus. Eles eram profissionais da religião sem fidelidade à Palavra de Deus e sem vida com Deus. Eles tinham se corrompido doutrinária e moralmente. Eles faziam o contrário do que a Bíblia ensinava. A teologia estava divorciada da vida: chamavam Deus de Pai e Senhor, mas não O honravam nem O respeitavam como tal. A apostasia começa sempre na liderança. As falsas doutrinas começam nos seminários, descem aos púlpitos e daí matam as igrejas. Os antepassados respeitaram a lei (2.5), mas agora a nova geração a desprezava. Pedem a Deus prova do Seu amor (1.2). Querem saber em que desprezam o nome de Deus (1.6).

Querem saber em que têm profanado o nome de Deus (1.7). Eles estão errados e não admitem. Estão cegos, endurecidos e cauterizados (Is 1.2,3). 

O desvio da teologia desemboca no desvio moral: O liberalismo, o sincretismo e a ortodoxia morta desembocam em vida relaxada! Em segundo lugar, o perigo da liderança ser uma maldição em vez de uma bênção. A liderança jamais é neutra: ela é uma bênção ou uma maldição. Concordamos com o ditado: tal líder tal povo. Sempre que a liderança é um exemplo positivo, o povo segue-lhe os passos. Sempre que o líder transgride, ele é um laço para o povo. A liderança é como um espelho.



O espelho para ser útil precisa estar limpo, ser plano e estar bem iluminado. A vida do líder é a vida da sua liderança, mas os pecados do líder são os mestres do pecado. Líderes apáticos produzem crentes mundanos, vazios e omissos. Deus está mais interessado em quem você é do que no que você faz. Vida é mais importante do que trabalho. Piedade é mais importante do que atividade. Vida com Deus é mais importante do que desempenho. O perigo da racionalização (1.6,7)
Dois são os perigos apontados por Malaquias Primeiro, o perigo de praticar o mal sem percebê-lo. 

O profeta Malaquias denuncia o pecado como se estivesse num tribunal. A acusação é feita: Eles não honram a Deus como Pai, não respeitam a Deus como Senhor e profanam a mesa de Deus e mesmo assim, não percebem isso. Segundo, o perigo de não aceitar a repreensão divina. Eles tinham os olhos fechados e o coração endurecido. 

Eles retrucaram: “Em que desprezamos nós o teu nome?” (1.6); “em que te havemos profanado?” (1.7). Joyce Baldwin diz que, muitas vezes, atitudes pecaminosas são pecados ocultos da consciência do pecador.52 No passado, Caim ofereceu a Deus um culto indigno de Deus. Ele foi repreendido, mas em vez de mudar de vida, endureceu-se ainda mais. Caim ofereceu um culto a Deus sem observar os seus preceitos, ou seja, ofereceu um sacrifício incruento. Além disso, Caim ofereceu um culto a Deus com o coração cheio de ódio e inveja (1Jo 3.12). Caim ofereceu um culto a Deus mesmo maquinando e praticando o mal. Caim tentou esconder o seu pecado e livrar-se da sua conseqüência.

Os filhos do sacerdote Eli, Hofni e Finéias, também foram destruídos porque profanaram o culto divino (1Sm 4). Deus alertou Eli três vezes acerca do pecado de seus filhos. Eles faziam a obra de Deus, mas eram adúlteros. Eles oficiavam no altar, mas eram filhos de Belial. Eles carregavam a arca da aliança, mas ao mesmo tempo estavam vivendo em pecado e desobedecendo aos preceitos da lei quanto ao culto. Por isso, Deus os reprovou e eles morreram. 

A liderança deles foi uma tragédia para o povo. Trouxeram maldição sobre o povo em vez de bênção; morte em vez de vida. Coré, Datã e Abirão foram mortos por oferecerem fogo estranho ao Senhor (Nm 16). O culto é bíblico ou é anátema. Culto não é show nem entretenimento para agradar a preferência das pessoas. Deus estabeleceu os princípios para o culto. Transgredir esses princípios é entrar num terreno perigoso.

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