domingo, 7 de abril de 2019

O Perigo de Honrar mais aos Homens do que a Deus

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O Perigo de Honrar mais aos Homens do que a Deus 

(1.8,9) 



Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? – diz o Senhor dos Exércitos. Agora, pois, suplicai o favor de Deus, que nos conceda a sua graça; mas, com tais ofertas nas vossas mãos, aceitará ele a vossa pessoa? – diz o Senhor dos Exércitos (1.8,9). O povo estava tendo mais respeito com as autoridades políticas do que com o Senhor dos Exércitos.

O povo era mais articulado na bajulação aos homens públicos do que na adoração a Deus. Eles não tinham coragem de ofertar ao governador o que estavam trazendo para a Casa de Deus. Eles honravam mais aos homens do que a Deus. Às vezes, ainda hoje, temos mais reverência diante dos homens do que diante de Deus: no falar, no vestir, no agir, na postura.

O povo buscava os favores de Deus, mas não queria agradar a Deus. Se um governador não pode se agradar nem ser favorável com a afronta de um presente indigno e impróprio (animal cego, coxo ou enfermo), quanto mais o Deus dos Exércitos aceitaria os adoradores com ofertas tão aviltantes! A oferta que trazemos nas mãos revela nosso coração. Nossa oferta é uma radiografia do nosso interior

O perigo de oferecer a Deus um culto inútil (1.10) 

Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a vossa oferta. Mas, desde o nascente do sol até ao poente, é grande entre as nações o meu nome; e em todo lugar lhe é queimado incenso e trazidas ofertas puras; porque o meu nome é grande entre as nações, diz o Senhor dos Exércitos (1.10). Deus prefere a igreja fechada a um culto hipócrita. É inútil acender o fogo do altar se nele vamos oferecer uma oferta imunda, se nossa vida está contaminada, cheia de impureza e ódio (Mt 5.23-25).

Quando Deus não tem prazer no ofertante, Ele não aceita a oferta. Deus rejeitou a oferta, porque rejeitou primeiro o ofertante. Foi assim com Caim (Gn 4.5). O profeta Samuel disse que obedecer é mais importante do que o sacrificar (1Sm 15.22). Deus disse por intermédio do profeta Isaías: “Não continueis a trazer ofertas vãs, o incenso é para mim abominação [...] não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene” (Is 1.13).
O profeta Amós, nessa mesma linha de pensamento, disse em nome do Senhor: “Aborreço, desprezo as vossas festas e com as vossas assembléias solenes não tenho nenhum prazer [...]. Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias da tua lira. Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene” (Am 5.21,23,24). Jesus disse: “Esse povo honra-me com os lábios, mas o coração está longe de mim” (Mt 15.8). Paulo exortou: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1).

O perigo de se enfadar do culto divino (1.13) 

E dizeis ainda: Que canseira! E me desprezais, diz o Senhor dos Exércitos; vós ofereceis o dilacerado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta. Aceitaria eu isso da vossa mão? – diz o Senhor (1.13). Quando desprezamos o culto divino, sentimos canseira e não alegria na igreja. Quando fazemos as coisas de Deus na contramão da Sua vontade, encontramos não prazer, mas enfado; não comunhão, mas profunda desilusão. O pecado cansa. Fazer a obra de Deus relaxadamente cansa. Um culto sem fervor espiritual cansa. Quando o culto é desprezado, uma pessoa vem à igreja e fica enfadada. Nada lhe agrada: a mensagem a perturba, os cânticos a enfadam. Ela está enfastiada. O culto passa a ser um tormento, em
vez de ser um deleite. Precisamos ter a motivação correta no culto: tudo deve ser feito para a glória de Deus (1Co 10.31). Há um grande perigo de se acostumar com o sagrado (1Sm 4), de se enfadar de Deus (Mq 6.3), de se cansar de Deus (Is 43.22,23). A geração de Malaquias estava bocejando no culto, resmungando acerca da duração do culto e dizendo: que canseira! Quando desprezamos o culto divino recebemos o completo repúdio de Deus. Ele rejeita o ofertante e a oferta (1.10,13). Deus rejeita o ofertante e sua oração (1.9). Quando nossa vida está errada com Deus, não temos sucesso na oração. Em vez de Deus ter prazer nesse culto, Ele diz que isso é um mal (1.8). Em vez de Deus receber esse culto, Ele diz que ele é inútil (1.10)

O perigo de limitar o poder de Deus (1.5,11,14) 

Os vossos olhos o verão, e vós direis: Grande é o Senhor também fora dos limites de Israel [...]. Mas desde o nascente do sol até ao poente, é grande entre as nações o meu nome; e em todo lugar lhe é queimado incenso e trazidas ofertas puras, porque o meu nome é grande entre as nações, diz o Senhor dos Exércitos [...]. Pois maldito seja o enganador, que, tendo um animal sadio no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor um defeituoso; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome é terrível entre as nações (1.5,11,14). Quando deixamos de reconhecer a majestade de Deus, Ele chama outro povo para si dentre as nações. O Deus dos Exércitos não é uma divindade tribal. Deus não é propriedade de um povo, de um grupo, de uma denominação. Ele não é apenas o Deus dos judeus ou o Deus da nossa igreja, mas o Senhor do universo. Seu nome é grande fora dos limites de Israel (1.5). Deus chama os seus eleitos das nações e Ele julga as nações. Israel o rejeitou, mas não frustrou o Seu plano, pois Deus formou para si um povo santo e o comprou com o sangue de Cristo (Ap 5.9). Todos quantos receberam a Cristo, o Filho de Deus, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (Jo 1.11-12).



Agora somos um só povo, um só rebanho, uma só família! Quando deixamos de cumprir os propósitos de Deus, Ele levanta outros para ocupar o nosso lugar. Não há pessoas insubstituíveis na obra de Deus. Ele não precisa de nós; nós é quem precisamos Dele. Deus não precisa do nosso culto, nós é quem precisamos cultuá-Lo. Nosso culto não pode fazer Deus melhor nem pior. Ele é perfeito em si mesmo. Se não cumprirmos
nossa missão, Ele remove o nosso candeeiro e chama outro para ocupar o nosso lugar. De uma pedra Deus pode suscitar filhos a Abraão! Deus sem nós, é Deus; nós sem Deus, somos nada. Não podemos perder o tempo da nossa oportunidade! Concluímos, dizendo que Deus espera ser honrado pelo Seu povo por Sua grandeza. Se o povo teme insultar o governador, ousaria desafiar o grande rei persa que o havia nomeado? Pois com muito maior temor e reverência deveriam eles estar ansiosos por agradar Àquele que considera as nações como “um pingo que cai dum balde e reduz a nada os príncipes” (Is 40.15,22).

Deus ainda espera ser honrado pelo Seu povo por Seu amor. Deus requereu ser temido como Senhor, honrado como pai, amado como marido. Qual é o ponto comum, a linha mestra, de tudo isso? Amor! Sem amor, o temor é um tormento e a honra não tem sentido. O temor, se não vem contrabalançado pelo amor, é medo servil. A honra, quando vem sem amor, não é honra, mas adulação. A honra e a glória dizem respeito a Deus, mas nenhum dos dois será aceito por Ele, se não forem temperados com o mel do amor.

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